quarta-feira, 25 de novembro de 2009

MUDE - Museu do Design e da Moda

Em plena Baixa Pombalina o edifício do Museu do Design e da Moda– MUDE, ocupa o quarteirão formado pela Rua Augusta e Rua da Prata, Rua do Comércio e Rua São Julião. Com projecto do arquitecto Cristino da Silva, as obras decorreram entre 1951 a 1967, no âmbito do centenário do Banco Nacional Ultramarino. O balcão de atendimento ao público do piso térreo em mármore é notável. Posteriormente foi adquirido pela C.G.D. e foi iniciada a demolição dos interiores (interrompida pelo IIPAR).

Os arquitectos Ricardo Carvalho e Joana Vilhena foram os responsáveis pelo actual projecto de instalação da colecção do MUDE e tiraram partido da imagem de ruína interrompida que encontraram, reduzindo a intervenção ao mínimo indispensável para mostrar as peças escolhidas.

O MUDE é um museu do Design gráfico e equipamento, passando pela moda e pelo design de autor. A colecção de Francisco Capelo foi adquirida pela Câmara Municipal de Lisboa e conta com 2500 peças de design.

No piso térreo está a exposição “Ante-Estreia” que percorre o século XX desde Le Corbusier passando por Jean Paul Gaultier e Cristian Dior. A preocupação foi escolher as peças que fossem as protagonistas das principais transformações dos hábitos, culturas e mentalidades, e do próprio conceito do design de todo o século XX e primeiros anos do século XXI. Os visitantes têm várias hipóteses: ou seguem a ordem dos 15 núcleos da exposição, pensados segundo uma ordem cronológica dos anos 30, 40 até à actualidade, ou vão deambulando pelo espaço e criando as suas próprias narrativas.

No piso 1 está a Exposição "É proibido proibir!" que propõe viajar no tempo, remetendo para os finais dos anos 60 e início dos 70, através de uma apresentação de cerca de 60 peças, cruzando o design e a moda com o cinema, a literatura e a música, de modo a poder retratar a riqueza dessa época.

No piso 2 está a instalação feita pela dupla de criadores Manuel Alves e José Manuel Gonçalves, que mostra o processo criativo do atelier de moda, desde os croquis às peças finais.

A definição de “Bom Design” de Dieter Rams foi das mais bem descritas que eu já li.

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